quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BROTOCÊNCIA FANTÁSTICA

Autoria de Levy Hull

 Este está demais. Corrobora o fantástico viquiano como primordialidade da criação que emerge virulenta e se expressa marcante entre cores que se fundem e separam-se em marcas traspassadas pelo tempo recôndito que germina lentamente num átimo de tempo sem recuo e sem destino, uma explosiva emergência casualmente displicente e arrebatadora. Uma paixão robusta numa emoção avassaladora.

domingo, 25 de setembro de 2011

Sexta-feira dia 23/08, refletimos sobre a questão da criatividade em Vico em contraste com o cartesianismo e, a importância da retórica como disciplina para desenvolver a inventividade. Percebemos a importância de um curso de retórica para aguçar a originalidade entre os alunos. Proposta tentadora que requer planejamento para viabilizar.

Interessante artigo do Blikstein para problematização do GPV sobre o modelo de ensino a que estamos submetido. Vico tem muito a contribuir nessa discussão. Vamos opinar!

PAULO BLIKSTEIN
Uma nova concepção para ensinar exatas



O erro é acreditar que a ciência e a matemática são pré-requisitos para a invenção; na verdade, são simultâneas a ela

Nos Estados Unidos, dos 3,7 milhões que entraram na primeira série em 1984, só 20% declararam interesse em carreiras em ciências exatas na sétima série, e 4,5% se formaram nessa área. Agora, o governo americano percebeu o óbvio e tenta remediá-lo: a escola afasta os jovens das carreiras científicas.
O ensino de ciências exatas nos EUA, como no Brasil, é uma longa preparação para a graduação nessas áreas, ignorando que só 5% vão cursá-las. Fazemos dele uma aborrecida sequência de tópicos sem utilidade ou função cognitiva.
Os alunos nunca fazem ciência ou engenharia de verdade, nunca se aventuram em descobrir algo novo ou resolver um problema real; aprendem só o "básico", que, em grande parte, ignora os avanços científicos dos últimos 50 anos. O resultado é que 80% não se identificam com as ciências exatas já na sétima série -época em que se forma a identidade intelectual da criança.
Um novo tipo de currículo ao mesmo tempo beneficiaria os que não serão engenheiros, já que terão uma experiência positiva com as exatas e não serão adultos com medo de matemática, e aumentaria o número de crianças interessadas em carreiras nos campos da ciência e da engenharia.
O erro é achar que a ciência e a matemática são pré-requisitos para a invenção; na verdade, histórica e cognitivamente, essas disciplinas são simultâneas à invenção. A história da ciência mostra que ela não avança no vácuo, mas sim para resolver problemas reais. É esse o motor cognitivo e motivacional que move o inventor, o cientista e, é claro, o aluno.
Além disso, mesmo um "mau" aluno em matemática pode ser um ótimo engenheiro. A engenharia está cada vez mais próxima do design e mais longe do modelo calculista. Os computadores fazem a "matemática" da engenharia, deixando para o profissional o trabalho criativo. Os currículos mais avançados do mundo estão substituindo habilidades aritméticas e memorização por modelagem matemática e resolução de problemas complexos.
Nossas escolas têm quadras para as aulas de educação física e bibliotecas para estimular a leitura, mas não instituímos um lugar para ensinar invenção, tecnologia e criatividade. É preciso um espaço apropriado para tanto.
Em Stanford, criei o projeto FabLab@School: são laboratórios de invenção nas escolas, espaços permanentes, com professores especialmente treinados e materiais didáticos especializados.
Esses laboratórios contam com equipamentos de última geração, com a ajuda dos quais alunos criam projetos de engenharia e teorias científicas, colaborando com colegas espalhados pelo planeta. São lugares projetados para atrair todos os alunos, não exclusivamente os que já nutrem um pendor pelas ciências exatas.
O que escolhemos ensinar nas escolas é só uma parte do conhecimento existente. Teoricamente, ensina-se o que a sociedade acha mais importante, mas o que de fato sobrevive no currículo é o que é fácil de ser medido com provas e o que funciona com aula expositiva.
As vítimas são a ciência e a tecnologia, que só são devidamente aprendidas quando os alunos trabalham em projetos, fora da aula tradicional.
Se não percebermos que o que precisamos ensinar no século 21 não se encaixa nesse modelo, ficaremos prisioneiros dos conteúdos que são ensináveis dentro dos limites dele -como algoritmos de aritmética hoje tão úteis como saber ler um relógio de sol.
Sem um lugar e alguns cursos especiais para a invenção e a criatividade, não se desenvolve o entusiasmo pela engenharia. E sem ele, há pouca esperança de que tenhamos mais engenheiros no século 21.

PAULO BLIKSTEIN é professor na Universidade Stanford.

sábado, 17 de setembro de 2011

Reunião do dia 16

Na última sexta-feira (16) o GPV continuou com a leitura e análise do texto "Sentido comúm, teología de la historia e historicismo in Giambattista Vico", de Fulvio Tessitore, detendo-se principalmente na reflexão acerca do conceito viquiano de "autorictas" e sua utilização no estabelecimento das sociedades civis.
Estiveram presentes os membros do GPV Almir, Philipe Alves, Wirlley e Renata Negrão, além de Felipe e Raphaela como ouvintes. Lembrando que as reuniões ocorrem todas as sexta-feiras às 18:00hs no Bloco Db na UFPa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ATIVIDADES DO GPV

INFORMAMOS QUE O GPV REÚNE-SE REGULARMENTE AS 18H DE SEXTA-FEIRA NO PV. D NA UFPA. O GRUPO É ABERTO A QUEM DESEJA PARTICIPAR PARA AUFERIR CH DAS 200H, BEM COMO FOCAR SEU TCC NESTE PENSADOR.
Criamos no Face Book um Grupo Fechado chamado DISPUTATIO para debatermos questões pertinentes a academia e aos membros do GPV devem postar neste site seus trabalhos já realizados. Estímulo para divulgarmos nossas atividades e nossa produção em torno do pensador napolitano Giambattista Vico.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ilustramos a aula de Tópicos de Filosofia da História (TFH), com a canto de Hesíodo e de Homero, para demonstar a linguagem dos deuses e heróica plena de metáforas, sinédoques e metonímias e sua relação umbilical com a natureza, aonde os aedos ou poetas naturais cantavam os feitos, aventuras e a cosmogonia dos deuses. Esse parêntese deu-se para demarcar o que Vico discorreu na Scienza Nuova acerca da Sabedoria Poética, o entranhamento da mente primigênia no desamparo da Imaginação e a necessidade para criar e inventar para sobreviver. Em seguida começamos a trabalhar o texto de Jose Sevilla sobre o conceito de "história ideal eterna" como meta-história que assegura a base epistêmica da ciência da história.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Na sexta pp. dia 09, o GPV iniciou suas atividades com a análise do texto "Sentido comúm, teología de la historia e historicismo in Giambattista Vico", de Fulvio Tessitore que compõe a programação para o semestre de vários outros textos que serão elencados a medida que formos trabalhando. Nesse primeiro momento a questão central deu-se em torno do conceito "verum factum" e da apropriação das ideias de Vico pela filosofia germânica.
Estiveram presentes todos os membros do GPV, além da nova participante Renata Negrão e dois ouvintes, Felipe e Raphaela.
O texto em castelhano foi compartilhado entre todos, fazendo a leitura, o Prof. Sergio Nunes, Philipe Alves e Almir Lima.
Informamos ainda que o GPV é livre para quem quiser participar, seu foco é o pensador napolitano e sua abrangência direciona-se para trabalhos acadêmicos: comunicações em eventos, TCC's e auferimento de CH.