quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A MENTE E A ORGANIZAÇÃO CIVIL

Levando em consideração o papel fundamental da filologia para a metodologia de investigação histórica proposta por Vico, apresentaremos de modo delimitado a relação entre a emergência  da linguagem e  o desenvolvimento dos aspectos primordiais da jurisdição  no mundo primigênio. Desta  perspectiva  será explicitado o modo através do qual se dá, na mente primigênia, o processo de maturação das faculdades cognitivas  no sentido de promover a ordenação da vida social partindo das relações estabelecidas  entre o mundo natural (no qual o homem se encontra completamente inserido) e o mundo civil. Para tanto, apresentaremos as articulações fundamentais  que se  desenvolvem  a partir da linguagem  e,  conseqüentemente  delimitam  o desenvolvimento da mente e da organização social do mundo primigênio em seu estágio mais rudimentar mediante os elementos constitutivos na era dos deuses, segundo Giambattista Vico.
Philipe Alves

IMAGINAÇÃO E LINGUAGEM

Na presente comunicação partiremos da tese do filósofo napolitano Giambattista Vico, situado entre no século XVIII, de que a faculdade da imaginação é o eixo fundamental do desenvolvimento do conhecimento. O homem primigênio, fundador das nações civis, assim como um infante, possuía a imaginação e os sentidos extremamente aguçados e um entendimento débil. Na primeira idade das nações, idade dos deuses, os homens completamente dominados pelas robustas paixões, das quais brotavam uma imaginação espontaneamente criadora, tinha na percepção sensível a única via para conhecer as coisas através do senso comum, criando-as, porém, de acordo com suas próprias necessidades e utilidades. A Imaginação conjugada ao senso comum e ao engenho enquanto faculdade criadora resulta numa lógica que opera transferindo significados que lhes são familiares ao que é percebido, a metáfora. Apresentaremos nesta comunicação, a partir do aparato filosófico/filológico viquiano outras possibilidades do conhecimento humano, quando este se encontra ainda em uma ligação visceral com a natureza e com os deuses, tendo a metáfora como seu elemento primordial.
Rafael Bordalo

A MENTE HERÓICA E A JURISPRUDÊNCIA

Partindo do conceito fundamental da epistemologia viquiana, o princípio verum et factum convertuntur, pretendemos esclarecer o funcionamento da mente heróica mediante a providência divina, que levou os homens na idade dos heróis a criar o direito heróico e sua respectiva jurisprudência.
Filipe Seixas

MENTE E AÇÃO

Pretendemos mostrar neste trabalho como se torna possível uma ciência do homem, através da filosofia de Giambattista Vico, a história. Sobretudo uma ciência que se desenvolve a partir da mente humana enquanto instância norteadora de suas ações. Este filósofo percebe na mente humana a chave para a compreensão da história universal - e consequetemente da realização do mundo civil - fundamentando-se no conceito de verum factum, em que o homem faz algo para conhecer e, conhece para fazer, demonstraremos como essa história humana é sua intrínseca produção. Para compreendê-la estabeleceremos a relação fundamental entre a mente humana nos seus primórdios e a sua ação.
Palavras chaves: história universal, mundo civil, verum factum, mente humana
Wirlley Quaresma


OS CONCEITOS VIQUIANOS NA FORMAÇÃO DA MENTE PRIMIGÊNIA

                 Vico, na sua obra Scienza Nuova 44, descreve a mente primigênia dos primeiros homens como sendo obscura e limitada no pensamento e raciocínio, robusta de imaginação e, portanto, voltada para os sentidos.
                 Recortaremos nesta comunicação, o papel fundamental da mente primigênia a partir dos conceitos trabalhados por Vico, quais sejam, o senso comum, o engenho, o livre arbítrio e a vontade como elementos ordenadores do mundo civil e demonstraremos o modo pelo qual a mente primigênia plasmou-se na realidade externa propiciando as semelhanças necessárias para constituir as relações civis.

Almir Lima

A MENTE CERTUMIANA

A mente primigênia confere à natureza significados ao incorporar mediante o imaginário, os signos sensíveis, peculiar, diria, a uma consciência senciente, num espaço sem hiato, numa homogeneização visceral entre o homem e a natureza. Esta é a consciência mítica, primordial da fase umbilical e bestiônica, profusa na criação e na originalidade do fazer para conhecer poéticos. De certo, a tradição cartesiana consignada ao positivismo comtiano, suprimiu por incompetência epistêmica, o ímpeto poético, a robusta paixão primigênia, e para superá-lo busca-se um novo modo de pensar, o pensar certumiano, que pensa o diverso na adversidade, na verossimilitude dos juízos.
Prof. Dr. Sergio Nunes