quinta-feira, 28 de outubro de 2010

IMAGINAÇÃO E LINGUAGEM

Na presente comunicação partiremos da tese do filósofo napolitano Giambattista Vico, situado entre no século XVIII, de que a faculdade da imaginação é o eixo fundamental do desenvolvimento do conhecimento. O homem primigênio, fundador das nações civis, assim como um infante, possuía a imaginação e os sentidos extremamente aguçados e um entendimento débil. Na primeira idade das nações, idade dos deuses, os homens completamente dominados pelas robustas paixões, das quais brotavam uma imaginação espontaneamente criadora, tinha na percepção sensível a única via para conhecer as coisas através do senso comum, criando-as, porém, de acordo com suas próprias necessidades e utilidades. A Imaginação conjugada ao senso comum e ao engenho enquanto faculdade criadora resulta numa lógica que opera transferindo significados que lhes são familiares ao que é percebido, a metáfora. Apresentaremos nesta comunicação, a partir do aparato filosófico/filológico viquiano outras possibilidades do conhecimento humano, quando este se encontra ainda em uma ligação visceral com a natureza e com os deuses, tendo a metáfora como seu elemento primordial.
Rafael Bordalo

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